"Eu sei que a gente se acostuma, mas não devia..."
A gente se acostuma a não dialogar com nossos pais, a não dar carinho para ele, e sem esse carinho, deixamos eles sem nosso amor. A gente se acostuma a sempre reclamar sempre do irmão, sabendo que sem ele não somos nada. Acostumamos a ser ignorantes com eles, só por apenas termos intimidades. Com isso, geramos tristeza.
A gente se acostuma a sair de casa pensando só em divertimento. No colégio, esquecemos o quanto deixamos professor estressado com a bagunça em sala. Com isso, geramos notas baixas e, com o tempo, ficamos em recuperação e, com a preocupação, se iremos passar ou não de ano.
A gente se acostuma a chegar ao trabalho e falar sempre com as mesmas pessoas, falando com as mesmas pessoas, chegamos a um ponto que enjoamos dos mesmos assuntos e, sem assuntos, passamos a conviver mais sozinhos no ambiente de trabalho, mesmo sabendo que temos diversas outras pessoas com quem conversar.
A gente se acostuma a confiar fácil nas pessoas que amamos, com confiança passamos a esquecer do “ninguém é perfeito” e, com isso, geram-se as mentiras do parceiro e, com o tempo, ficamos magoados, estressados. Magoados e estressados, começa o clima de carência, o clima dos desentendimentos, o fim do amor do casal.
A gente se acostuma a ver violência, mas tentamos não nos preocupar, afinal não aconteceu conosco. Ainda, passamos a não nos importar com essas noticias, a não lutarmos por mais respeito, por justiça.
A gente se acostuma a reclamar da vida, a não lutar pelos nossos direitos, a deixar que tudo de mau passe como se nada tivesse ocorrido. E, por não ligarmos, a gente se acostuma a perder a alegria, a confiança, a liberdade.
A gente se acostuma, mas não devia.
Érika da S. Sá
Turma: 303
Professora: Ana Maria
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